Por: Andréa Guimarães
A
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Durante
décadas, a avaliação, foi um instrumento ameaçador e autoritário. Está mudando;
mas continua sendo um dos grandes desafios da educação moderna.
O universo da
avaliação escolar é simbólico e instituído pela cultura da mensuração,
legitimado pela linguagem jurídica dos regimentos escolares, que legalmente
instituídos, funcionam como uma vasta rede e envolvem totalmente a escola. (LUDKE;
André, M. 1996).
Historicamente
a avaliação na educação infantil desponta como um “elemento de controle sobre a
escola e sobre as professoras; que se vêem com a tarefa de formalizar e
comprovar o trabalho realizado via avaliação das crianças” (HOFFMAN, 1996, p.
9),
Acreditar
que tais notas ou conceitos possam por si só explicar o rendimento do aluno e
justificar uma decisão de aprovação ou retenção, sem que sejam, analisados os
processos de ensino aprendizagem, as condições oferecidas para promover a
aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na continuidade de estudos,
é sobre tudo tornar o processo avaliativo extremamente reducionista. Este tipo
de avaliação, unicamente “medida”, é ranço do positivismo; e pressupõe que as
pessoas aprendem do mesmo modo, nos mesmos momentos e tenta evidenciar
competências isoladas, mas avaliação é muito mais ampla que a medição ou a
qualificação.
Segundo
Luckesi (1999, p. 43), “Para não ser autoritária e conservadora, a avaliação
tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.
A
avaliação é parte fundamental do processo ensino aprendizagem e tem por
finalidade acompanhar o desenvolvimento da criança e replanejar a prática
pedagógica.
“A
função nuclear da avaliação, é ajudar o aluno a aprender e ao professor,
ensinar” (Perrenoud. 1999).
Transformar
a prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas concepções,
seus fundamentais, sua organização, suas normas burocráticas; significa
mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes, entre
outras.
A avaliação deve ser: contínua, formativa e personalizada, concebendo-a como mais
um elemento do processo de ensino aprendizagem, o qual permite conhecer o
resultado de nossas ações didáticas e, por conseguinte, melhorá-las, dando ênfase
no aprender.
A
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD), aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos
qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Portanto
o educador deve ter sempre em mente que o ato de avaliar se faz presente em
todos os momentos da vida humana, bem como em todos os momentos da sala de
aula, pois alunos e professores estão permanentemente avaliando a tudo e a
todos. São formulados juízos em diferentes sentidos e são estes juízos que vão
orientar a tomada de decisão e o estabelecimento de relações que podem ser as
do grupo como um todo, incluindo o professor.
Na
educação infantil a avaliação deverá privilegiar os interesses e as
necessidades de cada criança, confiar em suas tentativas de aprender erro/acerto,
valorizar suas descobertas, também deverá ser compartilhado com as crianças as
observações que sinalizam seus avanços e suas possibilidades de superação e
dificuldades; só assim poderíamos dizer que realmente estamos chegando a um
modelo avaliativo centrado na criança, e que tal modelo ajudará a formar o adulto
de amanhã.
Diante
do disposto, percebemos que é urgente o repensar do significado da ação
avaliativa no contexto educacional. Qualquer prática inovadora desenvolver-se-ao
em falso se não alicerçadas por uma reflexão profunda sobre concepções de avaliação/educação.
Neste sentido propomos uma ação coletiva e cooperativa entre os educadores no
levantamento e discussão de questões avaliativas, no sentido de trocar idéias,
levantar problemas, construir em conjunto um re-significado para a sua prática,
pois a reconstrução da avaliação só acontecerá por uma ação continuada e que
ultrapasse os muros das instituições.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma
perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 1991
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LUDKE, M: André, M.E.D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 6. ed. São Paulo: EPU, 1986
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999
Revista Nova escola: A revista do professor Janeiro/ fevereiro de 2003, ed. Abril.
Revista Nova escola: A revista do professor novembro de 2001, ed. Abril.STEINLE, Marlizete Cristina Bonafini. Organização do Trabalho Docente na Educação Infantil. Curso Superior de Pedagogia - Módulo III, Slides e os textos complementares.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LUDKE, M: André, M.E.D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 6. ed. São Paulo: EPU, 1986
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999
Revista Nova escola: A revista do professor Janeiro/ fevereiro de 2003, ed. Abril.
Revista Nova escola: A revista do professor novembro de 2001, ed. Abril.STEINLE, Marlizete Cristina Bonafini. Organização do Trabalho Docente na Educação Infantil. Curso Superior de Pedagogia - Módulo III, Slides e os textos complementares.
Andréa Guimarães - Pedagogia - Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Pós graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Supervisão Escolar e Neurociência pela Faculdade ISEIB. E-mail: andreapguimaraes@gmail.com
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