O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).
Não podemos negar que a Educação no Brasil teve avanços significativos a partir dos anos 90. Podemos citar: a universalização do ensino obrigatório (educação básica), a reestruturação e expansão do Ensino Médio, o crescimento do Ensino Superior, e atualmente as mudanças no cenário da Educação Infantil com a mudança da Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009 que dispõe em seu Art. 208 sobre a obrigatoriedade e gratuidade da Educação básica dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurando inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria. Não podemos negar também que houve um aumento dos recursos financeiros para esta área.
Contudo, mesmo com todos estes avanços não podemos nos alegrar, pois, afinal o Brasil é um dos países que ocupa uma das posições mais baixas entre os países avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O Governo está incentivando a universalização da Educação em todos os níveis, deste a Educação Infantil à Educação Superior, mas não está se preocupando ou se preocupando muito pouco com a qualidade do ensino, fato constatado pelo grande número de alunos que concluem o ensino fundamental sem dominar o uso da leitura e da escrita. Grande também é o numero de analfabetos funcionais. O Brasil tem 33 milhões de analfabetos funcionais (cerca de 18% da população), ou seja, pessoas com menos de quatro anos de estudo, e 16 milhões de pessoas com mais de 15 anos que ainda não foram alfabetizadas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para mudar esta estatística não basta o governo apenas incentivar a universalização do ensino, mas sim investir para que o ensino tenha qualidade.
Um ensino de qualidade só acontecerá quando houver uma politica que valorize profissional da educação, promovendo uma remuneração digna, promovendo e incentivando sua formação e capacitação e melhorando as condições de trabalho em sala de aula.
“A educação é um fator primordial na qualidade de vida, é um instrumento fundamental na formação de um povo. Nosso país somente será uma nação quando os nossos governantes se conscientizarem de que um futuro promissor está intimamente ligado a uma educação digna e de qualidade”.
REFERÊNCIAS
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, http://www.ibge.gov.br/home/ Acesso em: 22 nov. 2013.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, http://portal.inep.gov.br/pisa-em-foco Acesso em: 22 nov. 2013.
Andréa Guimarães - Pedagogia - Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Pós graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Supervisão Escolar e Neurociência pela Faculdade ISEIB. E-mail: andreapguimaraes@gmail.com
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